quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Internet pode resgatar a qualidade na comunicação

No Media On, representante da BBC e jornalista da mídia argentina acreditam que, na era do turbilhão de noticias, somente a qualidade e a credibilidade farão a diferença



O atual cenário das mídias digitais e a nova configuração de distribuição de informação via internet possibilitará a priorização do bom jornalismo e da ética profissional na comunicação. Essa foi a principal conclusão do painel “Quem pauta quem e que consome o que”, que encerrou as atividades de quarta-feira 10 do Media On, seminário internacional de jornalismo online promovido pelo Itaú Cultural e pelo Terra.

Com a participação do editor de interatividade e desenvolvimento de mídias sociais da BBC News, Matthew Eltringham e do jornalista e especialista em mídias sociais e editor do site Cukmi.com, Julian Galo, o painel discorreu sobre as mudanças que a transição digital de informações trazem ao cotidiano e ao modo operacional das empresas jornalísticas.

Segundo os dois palestrantes, falar e praticar inovação no ambiente online acabou se tornando uma tarefa difícil para as empresas de comunicação e também para as marcas. Portanto, em vez de partir numa busca incansável para inventar modelos e criar coisas diferentes, as empresas que quiserem se sobressair deverão se focar na qualidade e na ética da prestação de seus serviços.

“As mudanças na mídia acabaram afetando até os relacionamentos pessoais. E com isso a própria visão de sucesso mudou. Hoje, não é somente com page views e com tuítes que você mede a repercussão de uma notícia, mas sim com o perfil e tipo de público que está absorvendo o seu conteúdo” , comentou o profissional da BBC.

Com exemplos feitos na mídia argentina, Galo destacou que a tendência é de que o sucesso e repercussão acompanhem os veículos que priorizarem a qualidade no jornalismo. “Hoje, os mecanismos de busca de informação são muito amplos e não se pode tomar tudo o que aparece nas redes sociais como verdade. Nessa hora, a ética, a tradição e a preocupação com a qualidade fará diferença”, salientou ele. “As pessoas preferem tuítar ou postar links de fontes nas quais elas acreditam. Essa será a tendência”, complementou.

Os dois convidados do Media On são defensores da não-obrigatoriedade do diploma para os jornalistas – tal como acontece em seus respectivos países - por julgarem que, mais do que uma formação, são a habilidade e a flexibilidade que irão determinar o sucesso dos profissionais. Ambos também abordaram a questão da publicidade, afirmando que somente as marcas que souberem mergulhar no conteúdo dos veículos, fazendo um trabalho diferente da tradicional divulgação comercial, conseguirão obter relevância.

Fonte: M&M Online

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